Necessidade de aceitação e autoestima é uma dupla interessante, que pode ou não ser boa.
A necessidade de aceitação é uma característica da nossa natureza. O ser humano tem a necessidade de ser aceito.
O problema de fato não é a necessidade de aceitação, mas a tal autoestima baixa.
Quem tem autoestima baixa, para ser aceito se sujeita a ser útil. Isso mesmo, ser útil ao outro.
E sabemos muito bem que utilidade tem prazo de validade.
Quem tem autoestima baixa torna-se útil para uma pessoa que a utiliza, ou grupo ou bando(a) para receber a desejada aceitação que tanto procura.
E de que forma busca a aceitação?
Usa a sua utilidade, sendo "bonzinho", "fofo", "legal", "o super cara" para outras e outras pessoas.
Cria-se um ciclo vicioso e doentio sem fim.
A pessoa o autoestima baixa torna-se um ser utilizável para ser aceito e preencher a necessidade de aceitação sendo apenas útil.
Todo ser útil, se converte em um dependente emocional do tipo vampiro-parasita.
Precisa o tempo todo de pessoas para se sentir "alguém", porque sozinho é vazio.
Normalmente estão cercados de pessoas. Vivem caçando atenção, aguardando serem necessários.
Essa energia de utilidade atrai pessoas interesseiras sim. É a lei da semelhança. De um lado estão as pessoas que querem se sentir úteis, amadas e, de outro lado pessoas que se beneficiam dos utilizáveis.
A vida te trata como você se trata. Simples assim.
Não há vitimas aqui. Apenas ação e reação.
Tem solução?
Tem sim!
Basta levar a sério a melhoria da autoestima, pois quem tem uma sólida autoestima não precisa caçar atenção, sendo útil na vida das pessoas para ter uma migalha de aceitação pelo que se tem a oferecer e não por quem se é realmente.
Quando temos uma sólida autoestima, não necessitamos da aceitação alheia, porque nós mesmos nos aceitamos.
Quando temos uma autoestima sólida, mesmo se não formos aceitos, nossa paz não se abala e a nossa dignidade não diminui nos tornando em uma loja de conveniência.
Quando temos uma autoestima sólida, gostamos sim de cooperar e contribuir, mas fazemos isso não pela necessidade de aceitação alheia, apenas porque é um desejo genuíno do coração, de fazer a diferença na vida do outro.
E finalmente quando se tem uma autoestima sólida, sabe-se reconhecer o próprio valor e assim se relaciona de forma valiosa, e nunca utilizável.
Por Silvia Parreira